Tem aroma cítrico a comédia romântica do ano, literalmente, travestida por uma inesperada e tocante emoção. Ao seguir a deriva de uma menina transgender em missão de vingança por seu pimp a ter enganado com outra, Tangerine assume-se assim como um fruto proibido ainda que muito sumarento nesta sua assumida simplicidade. É claro que o facto de ter sido o primeiro filme feito com um iPhone (na verdade 3 iPhone 5s) conferiu-lhe o estatuto com que chegou a Sundance, iniciando aí uma longa e multipremiada digressão por alguns dos mais prestigiados festivais.
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“Marina e Orlando estão apaixonados e planeiam o seu futuro”, assim iniciam as notas de produção do filme do chileno Sebastián Lelio, Una Mujer Fantástica, um dos principais candidatos a conquistar o Urso de Ouro na 67ª edição do Festival de Berlim, a par, talvez, da entrega de Kaurismaki, The Other Side of Hope.
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Apesar desta ser a juventude de Marx – sim, ainda antes do famoso O Capital, que só viria a ser publicado vinte anos depois – é também o início da parceria com Engels e a definição da luta de classes. É esse período fértil influenciado pelo estudo de Engels sobre as condições dos trabalhadores ingleses, mas também onde se começam a perceber as diferenças entre os ambos;
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Não interessa tanto se é um sonho do leiteiro Kosta (ele mesmo, Kusturica) ou realidade, pois a loucura daquela quinta servida por um relógio inconstante, uma ginasta retirada danada para a festa que é destinada a casar com o leiteiro. No meio deste arraial aparece ainda Monica Bellucci investida no papel de refugiada, num papel de toda a entrega. Mais relevante do que o rigor da história é o enorme gozo de ser levado neste constante delírio. Isto até que as coisas começam a tomar um ar mais sombrio. Afinal de contas estamos no meio de uma guerra.
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A segunda parte da cobertura exclusiva para Filmin feita pelo crítico cinematográfico Paulo Portugal em sua passagem pelo Festival de Veneza.
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O crítico cinematográfico Paulo Portugal inicia a sua colaboração com Filmin através da cobertura do Festival de Veneza. Não percas a oportunidade de ler as primeiras impressões de alguns dos filmes mais memoráveis do festival veneziano.
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É um filme em que Larraín parece querer fundir a poesia de Neruda com ambientes que parecem remeter-nos para um certo cinema clássico americano – estaria aqui essa passagem para outros voos? – embora o realizador chileno tenha intrometido aqui as imagens fotográficas de Sergio Larraín, um fotógrafo da Magnum que disse “uma boa imagem é criada num estado de graça”. Tal e qual como um bom filme.
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O mais fascinante no cinema orgânico de Sebastian Lelio é essa forma delicada e natural, quase clássica, de fazer nascer diversos fios narrativos sem nada impor. É o drama humano que domina sobrepondo-se a quaisquer agendas de direitos humanos e de géneros, graças a uma nova colaboração com o argumentista Gonzalo Maza, prolongada de Glória. É claro que a tentação de falar de Almodóvar por parte de alguma imprensa foi irresistível, embora, na verdade, essa referenciação falha, pois em nenhum momento existe a atitude do orgulho de classe, a afirmação sublinhada pelos tiques da ordem tão constantes em Almodóvar.
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