Yasujiro Ozu é novamente uma personalidade em estudo graças à reposição de duas das maiores obras de sua carreira - A Viagem a Tóquio e O Gosto do Saké - que chegam às salas do nosso país sobre o formato digital restaurado, mas que ainda preservam o formato artesanal dramático que somente o mestre nipónico poderia incutir.
Ver o post inteiro
Vencedor do Prémio Especial de Júri no último Festival de Locarno, "As Boas Maneiras" comporta-se como uma revisão dos principais elementos do cinema de terror e não … passando pelo mundo da Disney e do cinema de caracter social. O C7nema falou com Juliana Rojas sobre o projeto que tem conquistado a crítica, público e um lugar no panorama fantástico brasileiro.
Ver o post inteiro
Não, não caímos no rótulo de looser, tão bem presente no chamado cinema independente norte-americano muitas vezes celebrizado em Sundance. Ao invés, este Adam Driver é a ventura contida nas palavras de Ozu, "a felicidade cria-se e não se espera", é o conformismo que se adequa a esta semana tão reconhecível e tão facilmente corruptível (uma ida ao cinema converte-se no mais deliciosos dos escapes).
Ver o post inteiro
Marco Dutra e Juliana Rojas, a dupla que por si representa uma pequena fatia daquilo que poderemos apelidar de nova vaga do cinema de género brasileiro, compõem aqui, em sua espécie, uma sátira ao modelo Disney acomodada pelos valores do legado da Universal Pictures (os tumultos da população remete-nos ao imaginário transposto por essa Hollywood povoada por monstros clássicos).
Ver o post inteiro
Shoplifters é um filme que culmina os mais diversos e reconhecíveis elementos da carreira de um dos mais citados dos realizadores nipónicos modernos. É o regresso ao conto das “famílias fabricadas”, aos afetos quase inexistentes de uma sociedade aprisionada à solidão e ao individualismo e as pertinentes questões do sistema prisional e judicial.O C7nema teve o prazer de falar com o realizador sobre o seu laureado trabalho e dos seus processos de criatividade.
Ver o post inteiro
O fascínio mórbido de Jia Zhangke pela decadência do Oeste, através da desconstrução das suas imagens de marca, revela uma descrença do realizador pela dita globalização, temáticas ou declarações fílmicas já pronunciadas e de forma mais evidente nos anteriores Mountains My Depart e A Touch of Sin.
Ver o post inteiro
O cruzamento de drama e thriller, ao jeito do realizador, teve as honras de abrir a última edição do Festival de Cannes, apesar da crítica ter sido no geral fria. A receção imprevista não impede o otimismo de Farhadi, que após uma passagem no FEST, na cidade de Espinho, conversou com o C7nema sobre alguns dos temas quentes do seu cinema: politica, censura, manifestos e Netflix, ingredientes para mais uma trama farhadiana.
Ver o post inteiro
Obtendo o mérito de conquistar a Palma de Ouro do ultimo Festival de Cannes, num ano em que o júri era presidido por Steven Spielberg, A Vida de Adèle é baseada numa banda desenhada de Julie Maroh, Le Bleu est une Couleur Chaude, a história de amor entre uma jovem subjugada aos seus dilemas emocionais, Adèle (Adèle Exarchopoulos), com uma estudante de Belas-Artes, a lésbica assumida de cabelo azul, Emma (Léa Seydoux).
Ver o post inteiro
Eis um filme à Koreeda, segundo quem deseja reduzir filmes aos gestos replicados dos seus criadores. Shoplifters é em certa parte um exemplo exato dessa fórmula, é um filme que prolonga os ensaios cometidos pelo nipónico em descortinar um Japão contra o senso comum vinculado nas importações e ao mesmo tempo uma revolta ao conformismo estabelecido por essa sociedade.
Ver o post inteiro
Como um recente programa de culinária, o termo “receita com twist” pode muito bem ser aplicado nesta estreia no universo das longas por parte do jovem Lukas Dhont, que cita a sua anterior curta Corps Perdu (2012) como um corrimão de apoio para um inesperado bailado.
Ver o post inteiro
“Tu desprezaste I Stand Alone. Tu odiaste Irreversível. Tu espezinhaste Enter the Void. Tu amaldiçoaste Love. Agora experimenta Climax.”. Foi este o recado deixado pelo realizador aos jornalistas e críticos na véspera da estreia oficial, um filme na altura ainda mantido em perpetuo mistério (apenas era conhecida a protagonista, Sofia Boutella), que gerou um hype que movimentou centenas de curiosos.
Ver o post inteiro
Em toda a sua narrativa, a batalha “campal” de Lindon é despojada de qualquer dramaturgia sobrejacente, tudo aqui é imposto e exposto como a graça de mimetizar o real em confundir atores com os não-atores, e através desse sistema ancorar numa certa pedagogia de à lá Laurent Cantet.
Ver o post inteiro
A Rainha de Espanha, a sua mais recente obra, é uma continuação de um dos seus grandes êxitos, La Niña de tus Ojos, a história de cineastas espanhóis em terras de Hitler que suscitou uma sátira sob o signo nostálgico da Sétima Arte, no seio do assombrado clima do nazismo.
Ver o post inteiro
Pawel Pawlikowski, o consagrado realizador de Ida, esse melancólico caminhar nas memórias bélicas e dos horrores em vão, vindos de um país vitima/agressor, uma fonte a ser extraída em Cold War.
Ver o post inteiro
Eis uma espécie de Doutor Estranho Amor, de Stanley Kubrick, com o confronto ético de 12 Homens de Fúria, de Sidney Lumet, e com claras alusões ao thriller de rígidas limitações ao instinto de sobrevivência das suas personagens, aqui carenciadas por conflitos realmente relevantes.
Ver o post inteiro
John Carroll Lynch concebeu a obra como uma celebração ao ator Harry Dean Stanton, porque em todo ele, uma personagem-tipo, concentrava todos os elementos e aspeto no qual o identificamos acima da ficção, e sobretudo fora da realidade desconhecida, a figura que a cinefilia nos impôs - o Harry Dean Stanton que o cinema criara.
Ver o post inteiro
Em Rainha de Espanha seguimos a chegada de Hollywood a terras de Franco, a criação dos grandes épicos históricos espanhóis e a formação de grandes estrelas castelhanas; de Espanha para o resto do Mundo.
Ver o post inteiro
Brühlmann encontra, sim, uma maneira inteligente de dialogar com as crises de adolescentes, sensível com o universo feminino e com as suas complexidades, que em equação somatória com as “complicações adolescentes” nos levam à porta interdita da “juventude eterna”.
Ver o post inteiro
Tal como o filme a certa altura especifica, existe um apocalipse iminente que joga com os destinos das suas variadas personagens, que a certa altura fundem dando o seu contributo a um inteiro quadro. Quadro, esse, que seria um cliché pegado se a cidade-cenário fosse a tão infame Nápoles, ao invés disso é Roma a orquestrar uma Gomorra silenciosa, onde a política é corrompida pelos interesses maiores de "famílias". E voltando a referir a ideia de quadro, Suburra é pintado sob pequenas pinceladas, quase ocasionais e instintivas, e cuja perpendicularidade vai-se revelando à medida que a narrativa adquire o seu ponto climax.
Ver o post inteiro
Greta Scarano faz parte de um mosaico, uma teia de crime e de influências que no todo constituem Suburra, a obra de Stefano Solima que funciona como o novo sucessor do fenómeno Gomorra. Por ocasião da estreia nacional deste novo "folego" do filme de crime, o C7nema falou com a bela atriz sobre a sua inesperada personagem, os seus sonhos enquanto atriz e o seu desejo de trabalhar com Jacques Audiard.
Ver o post inteiro
Contam-se mais de 14 curtas-metragens e, atualmente, duas longas, num currículo que interliga-se, experimenta-se e motiva as mais diferentes reações. Falamos de um realizador sobretudo tecnicista, sem com isso alegar a sua vertente académica. Aguilar desfaz todas essas rígidas regras, assim como a convencionalidade da própria narrativa. Por outras palavras, não cabe a si recriar “telenovelas” (mencionando os rasgos irados cometidos por João César Monteiro no seu particular episódio de 2000), o realizador compõe sensações (eis um cinema sobretudo sensorial).
Ver o post inteiro
A adaptação do livro de Ernest Pérochon remete-nos a uma Guerra de sombras, invisível e igualmente furtiva. Depois dos homens partirem para as batalhas longínquas, as mulheres permaneacem nas suas residências, mantendo, para além do negocio familiar, as réstias do quotidiano em “tempos de pacificidade”.
Ver o post inteiro
Como Nossos Pais é um ensaio interiorizado na validade do matrimónio, ou para irmos mais além, na “longevidade” do relacionamento, o que está por detrás da paixão, do entusiasmo e das jornadas ao conhecimento do nosso par. Longe das canções românticas, infantilizadas por um platonismo mortal que coabitaram o universo deixado por Regina, a obra de Laís Bodanzky forma um cerco que rodeia estas personagens enclausuradas no cansaço, enquanto espelha as rotinas dando solução às mesmas por saídas que não cedem, e até mesmo desafiam, o seio dos moralismos implantados, sobretudo por uma educação cristã.
Ver o post inteiro
A primeira longa-metragem do suíço Claude Barras é uma aventura espirituosa que se assume como uma afronta ao legado mercantil da Disney, pois com uma duração com mais ou menos uma hora (não mais que isso) consegue construir uma trama igualmente emocional sem o recurso a conflitos demarcados e moralidades maniqueístas. Trata-se de um filme sobre crianças, ao contrário da tendência de filmes para crianças, uma obra honesta nas ambições dos seus "heróis" e verdadeiramente presente nestas.
Ver o post inteiro