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A certeza da iminência da morte torna-se estranhamente reconfortante, Talvez por não interessar.
Serve o documentário para que possamos viver os dias com José e com Pilar. Claramente o amor da vida um do outro. Tornamo-nos espetadores desse amor e do que nasce dele, Obras e ações que circulam em torno da urgência do que é estar vivo e da importância tamanha deste autor na História. Nasce ainda uma sensação boa de que somos próximos de Saramago ao passarmos tanto tempo com ele em sua casa, sentado à secretária ou em conversas com a Pilar.
Se algum dia alguém duvidou de que a presença de Pilar tenha mudado Saramago, aqui torna-se óbvio de que no mínimo o permitiu ser quem ele deveria ser na última fase da vida dele. A mais feliz e mais cheia.
É a Pilar que temos todos que agradecer. Ela que o foi relembrando da fundamental presença de Saramago no mundo.