

jfguimaraes
Ou da submissão até à revolta-limite, a partir da qual nada mais podia acontecer - a não ser a submissão, de novo.
Ou da submissão até à revolta-limite, a partir da qual nada mais podia acontecer - a não ser a submissão, de novo.
Que final tão bizarro, nunca pensei que a vingança do marcello chegasse onde chegou. Bom filme, plus tinha doggos and we love doggos
"The look and feel of Dogman are terrifically good; Garrone has such brio in the way he shows us Marcello’s happy little life, taking him at his own sentimental estimation of himself, and then shows us his descent into bitterness and vengefulness – and his almost superhuman ability to absorb physical punishment. "
"Novo ensaio de Matteo Garrone, o responsável por Gomorra e o Conto dos Contos, que aqui embarca numa história imersa no realismo suburbano encenado da década de 80 sem qualquer posição de nostalgia ou melancolia. Isso nota-se logo no tratamento da fotografia do filme, a cargo de Nicolai Brüel, que esbate as cores num permanente cinzentismo esbatido que reflete as ruínas urbanas de uma área abandonada fora da cidade onde a ação se desenrola. Baseado numa história real, algo que se sente principalmente no macabro último terço, Dogman oferece um retrato humano e pesaroso de um homem que não se consegue impor na sociedade a não ser pela sua ligação ao tráfico. De postura franzina, quase invisível aos olhos do mundo, Marcello demonstra acima de tudo uma inadequação social, onde as gentes em momento algum o respeitam, embora tolerem. De certa forma, ele é um chihuahua leal e barulhento que pela solidão nunca abandona o dono, mesmo que este o maltrate, enquanto Simone é o verdadeiro um pitbull rafeiro e raivoso pronto a atacar tudo e todos para conseguir o que quer. Quando os dois entram em conflito, não estamos perante um modo clássico de David contra Golias, mas antes um retrato realista de personagens desviadas da sua natureza pelo poder, adições ou simplesmente demasiada boa vontade."
— Jorge Pereira de C7nema