

Pedro Oliveira
Certamente uma obra-prima, apreciada pelos cinéfilos, o filme retrata as "dores de parto" do processo criativo - neste caso de um filme, mas poderia ser de qualquer outra obra artística. Para os tempos actuais, contudo, falta-lhe o "pacote", a "roupagem", a dinâmica, a cadência do cinema contemporâneo. Tendo eu próprio algo de nostálgico (quem não o tem?), as passagens do filme que mais me tocaram foram as da evocação do passado do autor - o tempo perdido de uma infância que já não volta - e de todos os que a povoaram.